1.26.2009

O lado selvagem

Em vésperas da estreia de Milk, com Sean Penn no principal papel e, numa merecida fermare no estudo de Direito Processual Penal I, decidi ver na "minha MEO": Into the wild - O lado selvagem, uma fantástica longa-metragem de Sean Penn.
O filme conta a história de vida de um rapaz, Christopher Johnson McCandless (Emile Hirsch) que decide começar a sua vida do zero. Sem nada, do início. A sua história de vida até ali, digamos que fora, comum. Um bom filho, um brilhante aluno que, ao licenciar-se decide abandonar tudo. Acompanhado da sua mochila e dos seus livros segue para Norte, tendo como meta o Alasca. Ao longo de toda a sua viaggio, vive experiências únicas, conhece pessoas muito tipícas da actual sociedade americana (desde ex-combatentes de guerra, a hippies fora de tempo), enfim, viaja de Los Angeles ao México, terminando no Alasca.
Perguntamo-nos, porquê tal atitude, quando tudo tinha?! Christopher ou Alex (nome que passa a adoptar) sentia que estava a viver uma mentira social, tentando sempre fugir ao habitual de um jovem de vinte e poucos anos. Vivera sempre no seio de uma família, a sua, que aparentemente representava o american dream, quando na verdade a podridão, o adultério, ou a violência doméstica eram realidades sempre presentes.
Notas importantes sobre o filme: primeiro, a forma como Sean Penn capituliza a viagem do rapaz é no mínimo interessante (Capítulo 1, Infância; Capítulo 2, Adolescência; Capítulo 3, Idade Adulta; Capítulo 4, Família; Capítulo 5, Alcançar a Sabedoria); segundo, a assombrosa banda sonora de Eddie Vedder é de tal forma significativa que toda a narrativa ganha mais emoção; terceiro, todo o desenrolar de imagens ao longo da película é significativo do quão heterogénea é a América, desde o McDonalds, ao Grand Canyon, etc.
Em suma, assistimos à história verídica de um ser humano que vivia segundo o príncio de que, se admitir-mos que a vida humana é regida pela lógica, então a mesma seria destruída de per si.
Nota: 9

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