
Contudo, no âmbito da matéria em causa há excepções (não da TVI, claro!). A série "O dia do regicídio" (RTP 2), da autoria de Filipe Homem Fonseca e Mário Botequilha e, realizada por Fernando Vendrell é prova disso mesmo. Este conjunto de seis episódios conta-nos o antes, o próprio regicídio, e o depois deste. Com sublimes representações nomeadamente de Ricardo Aibéu (Manuel Buíça), Pedro Wallenstein (Dom Carlos), Pedro Carmo (Aquilino Ribeiro), Suzana Borges (Dona Amélia), Manuel Wiborg (Alfredo Costa), Adriano Luz (João Franco), Virgílio Castelo (Afonso Costa), João Grosso (Luz Almeida), ou ainda Diana Costa e Silva (Maria), são um óptimo exemplo da qualidade da ficção nacional. Além das já classificadas interpretações, tanto todo o guarda roupa como os espaços estão a rigor.
De destacar ainda, que em apenas seis episódios, consegue o espectador apreender a construída (e bem), densidade psicológica de alguns personagens como Manuel Buíça, um homem que, como o próprio escreve em testamento no dia 1 de Fevereiro de 1908, nada tem, deixando assim os seus dois filhos "pobríssimos", pedindo à personagem de Diana Costa e Silva (Maria) que os eduque nos valores da Liberdade, da Igualdade, e da Fraternidade, e, pelos quais morrerá.
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