2.06.2009

Valkyrie

Contrariando o dito de ontem acerca da falta de tempo disponível para "lazer", fui hoje à estreia de Valkyrie - Valquíria, um filme de Bryan Singer, com Tom Cruise no principal papel, interpretando o Coronel Claus Schenk Graf von Stauffenberg; o homem que poderia ter mudado a história do século XX.
Da trama, nada de novo quanto aos factos históricos ocorridos, assistindo o espectador a um desenrolar (fulminante) de factos descritivos reais.
Sobre Tom Cruise, de notar que não desempenhou mal o papel de dissidente nazi, havendo no entanto alguns aspectos deste que merecem comentário: em diversos momentos do filme, assistimos a uma não representação, onde Tom Cruise interpretando Stauffenberg, não existe no ecrã, enfim, anula-se. Nisto concluímos o seguinte: ou a sua prestação poderia ter sido bastante melhor ou, há um intuito em que tal aconteça; assim, assistiríamos a um Coronel coerente, ao afirmar que não tinha qualquer interesse pessoal no sucesso da Operação Valquíria (daí o seu comportamento algo, discreto), mas sim, um interesse altruísta para com a Alemanha (pós-Hitler, como pretendia) e, por isso muitas vezes ao longo do filme não notamos sequer a presença de Cruise. No fundo, mais importante do que quem dirigia a operação, era definitivamente o seu sucesso.
Há um momento sublime no filme, aquando nos surge a música de Wagner, fazendo uma clara analogia com o nacional-socialismo, como aliás Hitler afirma num dos poucos diálogos que tem com o Coronel.
De notar a fantástica caracterização de todos os personagens (ao nível do guarda roupa da época p.e.), bem como, dos espaços onde decorre a narrativa.

Nota: 6

(Com este filme, pode ser que agora algum realizador português se lembre de fazer uma longa-metragem sobre a vida e o "legado" de Aristides Sousa Mendes. Tal como Stauffenberg surge no cinema sem grande parte dos espectadores o conhecer, Aristides Sousa Mendes surgiu como "finalista" de um concurso de TV sobre personalidades nacionais. E, como saberão as aparentes coincidências não se ficam por aqui).

9 comentários:

  1. Eu nunca me esqueci de que Cruise tava no filme...aliás, diz que aparece várias vezes! Não achei que fosse uma interpretação , de todo, apagada. Foi uma excelente interpretação de um militar duro, discreto e (quase) eficaz, pelo que uma representação "floreada", ou que fizesse a apologia do heroi, seria descabida e fora do contexto. Parabéns ao sr. Cruise pelo papel muito bem conseguido.

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  2. Este é aquele género de filme que me despertaria mto interesse não fosse ter um realizador que não me fascina e um actor que me deixa sp com aquela sensação de que estou a ver um autómato. Enfim... preconceitos!!!!

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  3. Esse AMS nada poderia ter feito, não fosse o "Tio António". Esse sim, merecia flimes bem melhores do que os que por aí andam a rolar!

    Sempre o mesmo lobby!

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  4. LOL melhor q esta opiniao so mesmo a " ai achei q era demasiado cronologico"

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  5. Já fui e está impecável... Mas continuo a achar q apesar de n estar mal, o TC n é o ideal para o papel.

    Essas dos lobbies já cheira a mania da perseguição...

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  6. o tc ta optimo...ele é um coronel...não se esquecam disso...o papel está mais que apropriado e ele está perfeito...adorei o filme...muito bom...surprendeu.me!!!

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  7. "Há um momento sublime no filme, aquando nos surge a música de Wagner, fazendo uma clara analogia com o nacional-socialismo, como aliás Hitler afirma num dos poucos diálogos que tem com o Coronel."

    Eu sinceramente achei esse momento de uma previsibilidade quase insopurtavel.

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  8. Faltou dizer que gostei muito do filme.

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