4.30.2009

Cannes 2009

"Na próxima edição de Cannes, João Pedro Rodrigues participa com Morrer como um Homem na secção Un Certain Regard, Pedro Costa e João Nicolau estão na Quinzena dos Realizadores - com, respectivamente, Ne Change Rien, documentário sobre a actriz e cantora francesa Jeanne Balibar, e a curta Canção de Amor e Saúde. Há uma parte do próximo Festival de Cannes que fala português.
Mas vamos ganhar distância: há sobretudo muitos europeus e muitos asiáticos a competir na 62ª edição do festival, que decorre de 13 a 24 de Maio: Pedro Almodóvar (Los Abrazos Rotos), Michael Haneke (Das Weisse Band), Ken Loach (Looking for Eric), Gaspar Noé (Enter the Void, um filme de terror que tem algumas hipóteses de estar à altura do "caso" que foi outro filme do realizador, Irreversível), Park Chan-wook (Thirst), Alain Resnais (Les Herbes Folles), Elia Suleiman (The Time that Remains), Johnnie To (Vengeance), Tsai Ming-liang (Visage) e Lars von Trier (Antichrist).Num ano em que Cannes olha para o oriente - o próximo e o extremo, se tivermos em atenção que a neozelandesa Jane Campion, com Bright Star, e o filipino Brillante Mendoza, com Kinatay, também entram nestas contas -, a América tem uma participação menos volumosa, mas não necessariamente secundária, na competição principal. Cannes queria ter, e teve, o novo de Quentin Tarantino (Palma de Ouro em 1994 com Pulp Fiction), Inglorius Basterds, e o novo de Ang Lee, Taking Woodstock. E, já fora de competição, há Drag me to Hell, de Sam Raimi - sessão à meia-noite, tal como previa a Variety, que acertou em quase tudo menos em Tetro, de Francis Ford Coppola, e Bad Lieutenant, de Werner Herzog. Nenhum dos dois consta do programa hoje anunciado em conferência de imprensa. Nova animação da Pixar na abertura. O festival abre com Up, a nova animação da Pixar, e fecha com o duplo Biopic, Coco Chanel & Igor Stravinsky, de Jan Kounen. Ainda em competição, ombro a ombro com Almodóvar, Tarantino e Resnais, estarão a americana Andrea Arnold, com Fish Tank, o francês Jacques Audiard, com Un Prophète, e Xavier Giannoli, com À l'Origine, o italiano Marco Bellocchio, com Vincere, a catalã Isabel Coixet, com Map of the Sounds of Tokyo, e o chinês Lou Ye, com Spring Fever. Na secção Un Certain Regard, Cannes continua a olhar para Oriente - "A nova geração de cineastas do Leste e do Extremo Oriente não tem forma, leis ou tradições para obedecer (...). Nunca tem falta de ideias visuais", escreveu o director Thierry Fremaux no programa desta edição. Há filmes do sul-coreano Bong Joon-ho, do iraniano Bagman Ghobadi, dos romenos Hanno Höfer, Razvan Marculescu, Cristina Mungiu, Constantin Popescu, Ioana Uricaru e Corneliu Porumboiu, dos russos Nikolay Khomeriki e Pavel Lounguine, do japonês Hirozaku Kore-Eda, do tailandês Pen-Ek Ratanaruang e do israelita Haim Tabakman, entre outros. Fora de competição, mas ainda dentro do ranking das novidades mais aguardadas da próxima edição: Alejandro Amenábar (Agora), Terry Gilliam (The Imaginarium of Doctor Parnassus), Robert Guédiguian (L'Armée du Crime) e Michel Gondry (L'Épine dans le Coeur)."

in Público.

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