
Pois bem, nada como acabar o fim-de-semana também com uma arte, a sétima: escolhi para ver hoje no cinema, Bella, uma película de Alejandro Gomez Monteverde.
Bella não tem uma história nada demais, é simples, comum, banal: conta-nos a história de vida de dois personagens, Nina e José. Ela, uma empregada de mesa desempregada que tenta sobreviver numa NYC despersonalizada, pouco humanizada, demasiado agitada, demasiado despreocupada. Uma mulher sofrida, por vezes quase abandonada por todos (e por si): tendo perdido o seu pai aos 12 anos, não tendo irmãos e com uma mãe paralisada pela vida, Nina conhece José no restaurante do irmão do primeiro. Um cozinheiro, ex-futebolista, que viu a sua carreira arruinada por ter atropelado uma criança anos antes. Filho de uma família "Porto-Mex" (porto-riquenha, mexicana), vive atormentado com o fatídico acontecimento do qual foi culpado. Quase um auto-retrato de Alejandro Gomez Monteverde, pois também ele mexicano, esta primeira longa-metragem do realizador consegue um resultado simpático, ainda que próximo do exagero dramático, onde tudo aquilo que é comum preenche os 90 minutos de filme.
Bella é também uma mostra da realidade de uma comunidade latino-americana nos subúrbios de NYC: uma comunidade fechada em si, com hábitos e costumes culturais muitos próprios, onde a real integração social fica longe sequer do suficiente.
Bella foi selecção do Toronto International Film Festival.Nota: 6
passou a vida ao telemóvel...bahhhh
ResponderEliminarDigamos que são as chamadas comunicações de secretaria-geral LOL.
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